Diego Cantiero é músico, compositor, violinista, tecladista, arranjador e produtor musical

Diego Contiero é músico, compositor, violinista, tecladista, arranjador e produtor musical. Desde o ano de 1998, ministra a música católica como meio de evangelização. O artista é casado, pai de três filhos e o trabalho artístico que desenvolve tem ganhado cada vez mais notoriedade.

Neste ano, Contiero foi indicado em quatro categorias do Troféu Louvemos o Senhor 2021, “Álbum Alternativo do Ano”; “Artista Revelação do Ano”; “Álbum Independente do Ano”; e “Produtor do Ano”. O artista levou duas estatuetas para casa com o “Álbum Alternativo do Ano” e  “Artista Revelação do Ano.”

Em entrevista exclusiva para a Rede Século 21, ele falou sobre a premiação, o reconhecimento que tem recebido pela musicalidade que exerce e como foi rever grandes amigos da música católica, na noite do evento.

Como se sente ao receber os prêmios nas categorias “Álbum Alternativo do Ano” e “Artista Revelação do Ano?”

Diego: é uma honra e confirmação de Deus sobre o ministério que Ele mesmo me confiou. A vontade de gravar meu primeiro trabalho solo, existia em meu coração há pelo menos 20 anos, porém não o lancei antes por medo. Achava que não conseguiria, por não ter a estrutura que se tem em uma gravadora ou alguém que investisse no meu trabalho. Enfim, pessoas que acreditassem comigo. Eu mesmo, porém não acreditava. Ocorreram algumas mudanças radicais em minha vida e, parecia que Deus me forçava a começar. Resolvi gravar as músicas com os equipamentos que tinha. O Fabio Henriques, que é um amigo, se prontificou a mixar o material e a arte foi elaborada pelo meu compadre e diácono, Anselmo José. Relato esses acontecimentos, para dizer que ter recebido esses prêmios no Troféu Louvemos o Senhor, me fez perceber o “grito” que há em meu coração pela evangelização, pela música e que Deus tem confiado a missão mesmo com minhas limitações.

Como você “interpreta” a premiação que recebeu em relação à questão técnica e espiritual?

Diego: vejo que Deus usa o natural e o sobrenatural para guiar seu filhos. Comigo não é diferente! Estas premiações, coroam minha trajetória como músico, arranjador, produtor, compositor e cantor na questão técnica. Coroam também a minha história de vida, todos os processos pelos quais eu passei: experiências profundas de fé, “podas”, perdas, vitórias, quedas e reerguimentos  nas questões espirituais e humanas.

O reconhecimento dado pelos jurados técnicos e o público, o impulsiona em seus objetivos profissionais e espirituais? Fale um pouco sobre isso.

Diego: com toda certeza! É como se Deus me falasse:

“Agora que você crê que o que Eu faço por meio de você é bom, permanecerá calado, em estado de inercia?”

Ainda que haja em meu ser uma voz que diz:

“Eu não sei falar, sou apenas uma criança”

O titulo deste trabalho “Vou Prosseguir” motiva-me a seguir em frente. Minha resposta, afinal para Deus é: VOU PROSSEGUIR.

Fale um pouco como foi rever amigos cantores no Troféu Louvemos o Senhor, neste período pandêmico?

Diego: foi uma grande graça. Tivemos, infelizmente algumas perdas, neste período. Amigos que faziam parte deste ministério e hoje estão o exercendo na Morada Eterna. Rever, porém tantos parceiros de ministério, e ainda, perceber em cada um a alegria por eu ser indicado ao Troféu Louvemos o Senhor 2021, fez meu coração sentir grande júbilo.

O que mais o marcou nesta 12ª Edição do Troféu Louvemos o Senhor?

Diego: muitos acontecimentos me marcaram, porém dois foram especiais:

Sobre o homenageado na categoria Mérito Especial, Monsenhor Jonas Abib. Tive a honra de trabalhar como músico por cerca de 10 anos, na Comunidade Canção Nova que tem como pai e fundador o monsenhor. Toquei em muitos pontos da história e do carisma da comunidade. Isso mexe comigo ainda hoje. Sem contar, o Eugenio Jorge e Diácono Nelsinho Correa que se apresentaram na noite do Troféu Louvemos o Senhor e são precursores da música católica junto ao “Monsenhor Jonas” e eu sou fã da história da música católica!

Outro momento que me marcou, foi a adoração ao Santíssimo Sacramento, no fim do evento. Vivi um momento muito forte de oração a Jesus Eucarístico, em agradecimento pelos prêmios, pelas indicações e entreguei a Deus o futuro que ainda está por vir em relação ao meu ministério.

Em quais pontos a pandemia influenciou sua vida pessoal e profissional, e como consequência na musicalidade que desenvolve?

Diego: a pandemia mexeu muito com a minha esperança e expectativas em todos os aspectos. Me deparei com muitos irmãos que se reinventaram dentro da música. A música, infelizmente, foi um dos setores mais atingidos pela pandemia. Tenho conhecimento sobre alguns irmãos que deixaram, neste período a música (como eu também quase o fiz). Irmãos que se “ausentaram” da música para sustentar sua casa e família por outros meios de trabalho. Na premiação, porém “enxerguei” uma arte nova, com técnicas apuradas e com o sentimento de esperança a todo vapor. Isso motiva o coração a prosseguir.

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Leia também a entrevista com os artistas indicados na categoria “Intérprete Masculino do Ano”

Vanusa da Silva, da Rede Século 21